Sentado nessa praça em Arequipa, no Peru, escrevi este poema. Primeiros dias de janeiro de 2013.
Não é porque tem a palavra saudade, mas achei difícil de traduzir para o espanhol, então vai só em português mesmo:
Saudade
Si quisiera regresar
ya no sabría hacia donde
(Jorge Drexler)
Saudade que senta no banco da
praça comigo
Saudade que tento decifrar mas
não consigo
Intrigante saudade de nem sei o
que
A caneta escreve casa
Palavra intrigante
Se quisesse voltar já não saberia pra onde
sopra uma canção no fone de ouvido
Minha casa tem paredes coloridas
mosaico de casas já vividas
Tem tijolos à vista, fôrmas de
ovos de páscoa azuis
borrões amarelos, rosados,
vermelhos,
brancos com vinho
e varandas e janelas de
apartamentos sem prédios
não tem chão
não tem teto
mas tem muitos quartos
de gente que não está,
deram uma saída
Me deram umas saídas
e não sei quando volto
pra onde volto
Essa saudade que bate à porta
agora
talvez veio me entregar o endereço
"Saudade o som do tempo que ressoa
ResponderExcluirSaudade o céu cinzento a garôa
Saudade desigual
Nunca termina no final
Saudade eterno filme em cartaz..."
Acredito eu que nunca voltamos pro mesmo lugar da saudade...
Um beijo e lindo domingo pra ti querido!